terça-feira, 12 de julho de 2016

A demanda do rei



A demanda do rei

O bote atracou na praia, a poucas horas do sol tentar aparecer por sobre as nuvens espessas, o mar naquele dia estava estranhamente calmo e as pequenas ondas não ofereciam riscos para os crustáceos que andavam sobre a areia negra. A ilha onde eles aportaram era pedregosa e quase sem vida, herança de uma antiga erupção vulcânica que criara aquele pedaço de terra próximo ao continente de Elisa. Ao escalarem as rochas afiadas, o grupo chegou ao cume do vulcão adormecido e de lá puderam ver a fortaleza circular dos magos, O Círculo dos Magos, como era comumente conhecido, outrora havia sido um local de grande poder e conhecimento, onde os sábios e magos de todo mundo buscavam o aprimoramento. Hoje não passa de uma cidadela abandonada, mas continua sendo um lugar poderoso, misterioso e repleto de perigos, de suas paredes emanam uma energia nociva e algumas criaturas do próprio necromante mantêm vigia sobre os muros e corredores dos círculos.
A construção milenar foi feita em forma circular; os círculos eram gigantescos e abrigavam a grande biblioteca dos Magos, além de salas para treinamento e jardins suspensos, haviam também as acomodações dos magos e aprendizes, as três grandes construções eram cortadas por um caminho que se ligava ao passadiço e levavam ao continente. O maior abrigava os aprendizes e dignatários estrangeiros, no segundo ficava a grande biblioteca e o último somente os grandes mestres da época tinham acesso e podiam comtemplar o conhecimento e poder contido naquele local.
Os guerreiros adentraram ao local e lá sentiram a energia os pressionar, o lugar estava corrompido e a magia vil seria mortal a outros, tudo estava decadente ou parcialmente destruído, os ossos e roupas esfarrapadas eram testemunhas que ali havia ocorrido um massacre, eliminando quase por completo os praticantes de magia do mundo conhecido. Os guerreiros avançaram e surpreenderam os lacaios do Necromante que vieram ao seu encontro; sucesso pelos primeiros opositores, seu objetivo era simples e audaz, e só a morte podia impedir de concretizar, chegar ao ultimo círculo e deter o necromante Vorlak. Arluz comandava o grupo que avançava incógnito, se ocultando ao máximo dos vigias que acompanhavam o movimento dos pátios entre os círculos, os cincos guerreiros chegaram no primeiro objetivo, eles pararam em frente a porta do ultimo círculo, Arluz viu à sua frente uma pintura antiga que retratava a história de seu pai na Guerra dos Deuses, pouco abaixo um pergaminho flutuava pela mágica do local, sem pensar ele pegou o pergaminho e guardou, mesmo sem saber porque tinha feito
aquilo ele volta a si mesmo e ao seu real objetivo, que o esperava por de trás daquela porta. Sua missão era suicida e corajosa, ali arriscariam suas vidas para tentar parar Vorlak e acabar com o avanço da guerra.
Arluz e seu fiel amigo Saul entraram primeiro na sala, o mago negro estava conjurando um feitiço sobre um corpo cadavérico, ao ser surpreendido ele revidou lançando seu poder descomunal sobre os guerreiros que desviaram a tempo, o necromante levantou os esqueletos e corpos pútridos que havia na sala, muitos eram dos grandes magos que tinham sucumbido para o mesmo Vorlak anos atrás quando tinha começado sua sede de poder que culminou com o massacre do círculo dos magos. Os guerreiros tiveram de se defender contra os cadáveres animados, que mesmo sem vida preservavam uma parte do poder que eles tinham quando ainda estavam vivos, e usaram de todo esse poder contra os guerreiros.
Enquanto os guerreiros estavam ocupados Vorlak se voltava novamente ao corpo que estava sobre uma mesa de pedra, o necromante drenou toda a energia transformando o corpo em pó; com dificuldade Arluz avançou desvencilhado dos conjurados, enquanto a voz retumbante do necromante ecoava pelas paredes do salão, uma onda de poder circulava pelos guerreiros e a escuridão os tomava, de repente, tudo ficou em silencio e apenas contra toda a escuridão que tomava a sala, a espada do rei brilhava de tanta energia, sendo o único ponto de luz numa batalha particular contra as trevas, o rei de muitas eras atacou e seu golpe foi certeiro, atingindo o necromante no peito rasgando a carne e expondo o coração inerte, o mago das trevas caiu e assim como seu mestre, os mortos-vivos caíram. Arluz olhou sua espada que estava coberta pelo sangue maldito do necromante, a luz parecia ser consumida pelo sangue pútrido, a sua volta o rei observou seus companheiros, Saul estava ferido porém se mantinha de pé, os outros pareciam bem ou melhor do que se poderia estar naquela situação.
Para surpresa de todos uma risada ecoou fúnebre e nefasta, num piscar de olhos Vorlak estava de pé enfrente aos guerreiros, seu peito estava aberto e a ferida em seu peito tinha aspecto de podre, e que aos poucos ia regenerando deixando somente a grande cicatriz; os olhos do mago profano não tinham mais o brilho da vida e sim meramente o poder, e de sua boca descarnada saia um hálito frio e cortante que fedia a decomposição.
- Eu não posso morrer! Arluz, filho de Angelus – a voz fantasmagórica entrou nas mentes dos guerreiros ferindo como se fosse agulhas quentes. - pelo menos, não mais, não agora... não agora... - o ser cadavérico parou e olhou para o rei. Sua voz subiu e trovejou - Eu sou o próprio rei-necromante. Eu sou o Lich, eu sou o poder! E a minha fúria varrerá o mundo e a minha sede de poder será eterna como meus anos neste mundo, tudo e todos se curvarão diante de Vorlak, o Lich... Vorlak, o Profano.
A criatura bateu o cajado no chão e uma onda de energia vil tomou o lugar e as paredes da sala começaram a ruir. O rei Arluz tentou seguir com o ataque mas seus golpes foram repelidos, o salão começava a desmoronar, então Arluz olhou para o grupo e ordenou a sua retirada.
O rei ajudou o amigo Saul a se levantar e tentaram escapar daquela armadilha mortal, porém o rei-necromante, observando-os sadicamente, os ataca ferozmente; Saul, ao perceber o ataque, em um ato de bravura se jogou na frente da bola de fogo das sombras que se dirigia ao rei. O guerreiro caiu quase sem vida enquanto as colunas do salão se ruíam na frente deles, ele em último esforço pediu ao rei e grande amigo Arluz que fugisse, porém o contrariando o rei corre pelos corredores até alcançar o passadiço que unia a ilha ao continente. Já do lado de fora dos círculos em ruínas, o rei viu seus companheiros mortos e seus escudos partidos, diante deles seus algozes, os três generais do mago profano estavam a espera do rei: o Demônio das trevas, uma criatura feita da mais profunda escuridão e coberta por um véu de névoa que a acompanhava por todos os lugares, pouco se sabia sobre ele, e o pouco que se sabia era sobre sua força monstruosa e seu caráter dubio, a Acolita Lhiz era a líder da seita que venerava o mago profano como um deus, outrora já fora uma grande rainha feiticeira acumulando poder por eras devido ao seu sangue élfico, porém a rainha se curvou diante de Vorlak, sendo hoje a mais devota serva do Lich, a única lembrança que ela carrega dos tempos de rainha é seu nome Lhiz, estrela de luz. Implacável ela comandava a elite do Exército Negro de Vorlak, os monges caçadores de magia. Já o Rei-Dragão Olecran, andava pelo salão do castelo do necromante, com sua forma avatar de meio-orc, com quase dois metros de altura e com grandes caninos amarelos a mostra.
Das ruínas Vorlak emergiu, a seu lado um cavaleiro negro caminhava, sua pele se desfazia a cada passo consumida pelo fogo, Arluz reconheceu imediatamente a armadura retorcida, era Saul. Seu amigo agora era um servo do necromante, de suas órbitas oculares o fogo ardia sem parar, parecia que o combustível era a própria essência da ira, os dois caminharam até onde o rei estava encurralado. O demônio das trevas examinou o novo guerreiro, por gostar do que viu, jogou para ele uma espada, o cavaleiro desembainhou a arma e quando o ar tocou a lâmina, o fogo negro tomou conta da espada envolvendo toda a arma.
- Você sabe por que eu avanço sobre tudo? Por que minha sede de conquista é insaciável? - trovejou o Lich – O porquê eu quero o poder, pelo poder. Eu quero ser um deus entre os vivos e os mortos. - ele parou por um minuto completando sua força. - Eu dominarei todo o mundo e todos se ajoelharão perante Vorlak, assim como a própria morte o fez. - o mago profano estendeu a mão descarnada para Arluz.
- Ajoelhe diante de mim e tome parte do meu poder, nada nos quatro cantos de Enora será capaz de te ferir além de mim, filho de Angelus, tome seu lugar a meu lado e ajude-me a conquistar este mundo.
- Nunca! - repudiou Arluz, sem exitar. - Você será derrotado, ser maligno.
Vorlak caçoou do rei com uma gargalhada.
- Você teve sua chance, Rei de Etinas, logo o mundo se curvará diante do meu poder e meu nome será temido em todo o canto; eu serei o rei, o senhor de toda Enora. - o Lich deu as costas para Arluz.- Saul, mate seu antigo rei. - Ordenou sem olhar para trás. - Filho de Angelus, seu reino irá queimar e todos que ama perecerão sobre cajado.
O cavaleiro obedeceu sem questionar e atacou com toda a fúria, seus golpes pareciam um martelo de ferreiro contra o aço sendo moldado na bigorna. A Arluz restou se defender dos golpes incessantes daquele que agora era seu inimigo.
A cada golpe o rei era impelido para trás, ficando entre o inimigo e o penhasco.
- Pare Saul, meu amigo! - tentou argumentar o rei em vão.
Porém a única resposta do cavaleiro negro era seus golpes cada vez mais fortes, o rei se defendeu como podia, mas os golpes eram incessantes e ferozes, o Cavaleiro Negro levantou sua espada, parecia colocar todo o mal e poder contra o seu antigo rei, e com um último golpe a espada do rei se quebrou e dela uma onda de luz se dissipou sobre eles; Arluz caiu do desfiladeiro para o mar que ainda estava calmo e silencioso como um cemitério abrigando mais um convidado da morte. Saul ficou parado com os olhos fixos no rei, contemplando sua queda e sua morte.
O monarca caiu no mar, com o impacto quebrou várias costelas, um braço e as duas pernas, uma dor lancinante o acometeu e o ar escapou dos pulmões, seu último pensamento o levou para casa, para o filho e sua esposa, as imagens escapavam de sua mente com a vida de seu corpo, a morte o envolvia em seus braços mas o rei estava sorrindo. Porém antes de perder os sentidos ele pode escutar algo em sua mente.
- Hoje não meu amigo...
Wattpad - Lágrimas de Rhanor

sábado, 11 de junho de 2016


O Sucesso.

Conto que esta participando do concurso Copa dos Contos Wattpad 2016

- O que eu faço de errado? Estou debruçado sobre este computador a dias, escrevo e reescrevo. E nada! - o jovem estava sentado em uma cadeira relativamente confortável, suas costas estavam arqueadas, sua barriga reclamava mas que ele mesmo, no entanto nem a dor faria ele parar.
Se alguém pudesse entrar naquele calabouço mental que ele chamava de quarto, veria aquele jovem a beira da inanição, as costelas já estavam visíveis, latas de refrigerante se amontoavam vazias sobre restos em decomposição de pizzas e lanches que ele mal tocou.
-Eu quero o sucesso! - gritava ele a plenos pulmões – de alguma forma eu quero ser lembrado, eu quero ser lido.
"O que você quer?" - a voz saiu dos alto-falantes, a sua frente a tela estava brilhando forte naquele breu do quarto. Ele estava no site Wattpad, tinha postado várias histórias e contos, porém nenhuma tinha alcançado o que ele chama de sucesso.
"Me diga o que você quer? É sucesso!"- novamente ele escutou aquela voz, ele olhou para os lados procurando alguém, sua mão tremia sobre a luz da tela, até que ele respondeu.
-Sim! - o jovem demorou para falar aquela simples palavra, como se cada letra comprovasse sua loucura.
"Feche os olhos jovem escritor" - o som esperou um breve segundo - "confie eu posso dar lhe o sucesso"
Relutante o jovem cedeu, abaixou as pálpebras lentamente, com os murmúrios da máquina em seus ouvidos. Quando teve coragem para abrir novamente os olhos ele estava dentro do computador, mais precisamente na plataforma que tanto almejava sucesso, as linhas e palavras digitais do Wattpad a seus pés e ele via a encarnação da voz como um feche de luz que caminhava a sua frente.
- Onde estou?
"Onde sempre quis estar" - a voz estendeu o que poderia ser chamado de mão e vislumbrou o horizonte de histórias, o jovem escritor via aquilo deslumbrado, a informação corria sob seus pés, e ele podia ver pequeno ponto de luz que brilhava sobre as histórias.
- O que é aquilo?
"Achei que a este momento já saberia"- olhou a luz com seus olhos vagos para o jovem, que ficou tímido pela sua ignorância - "é o que você tanto procura, são as histórias de sucesso e seus leitores interagindo com ela" - eles correram em direção a uma história e como que por uma janela eles podiam ver as expressões dos leitores, rostos chorosos, outros com um sorriso tímido, alguns entediados, matando o tempo.
O jovem levantou a cabeça e olhou para um canto mais escuro dentro da imensidão de luz. - O que é aquele lugar? Por que tão escuro?
"Como devo presumir, você é muito inocente escritor, ali é tudo que está fadado a obscuridade... ao fracasso" - a luz viu o olhar de pânico do jovem, sabia que ele temia as próximas palavras do (Wattpad) "Ali está as suas histórias, como as de outros".
O jovem está incrédulo, aquilo era a sentença final sobre o que ele já sabia, mesmo que suas histórias fossem realmente boas, ninguém dava a chance dele crescer e de se tonar o sucesso.
- E o que posso fazer para mudar, para sair da escuridão – gritou o jovem novamente a plenos pulmões como fez em seu quarto.
"Nada! Seu destino já está traçado"
- Mas você me prometeu o sucesso.
"Eu menti! Como faço para muitos, eu minto bem"
- Com assim mentiu? Eu depositei o resto das minhas esperanças em você – o jovem caiu de joelhos com lágrimas no olhos – O que você quer de mim! Para que me trouxe até aqui se não vai me dar o que eu quero.
"Eu te trouxe até aqui para sentir. Para ver a minha magnitude. Para você se sentir a formiga embaixo do meu sapato, eu te trouxe aqui para você sentir raiva, ódio e inveja daquele que estão acima de você." - o fecho de luz cruzou as mão sobre as costas, e caminhou envolta do jovem caído e desolado, recolhido a posição fetal - "qual caminho você irar percorrer?"
- Por que você fez isto comigo? Por que você me fez sentir assim, você me deu esperança, e para que? Para nada! Foi tudo em vão. - o jovem bufava entre os gritos – O que você quer de mim? O que você quer? - cada gritos era angustiante para o jovem.
"Eu quero a sua humildade, eu quero a sua alma, a sua escravidão, a sua obediência" - o Wattpad procrastinou olhando o sofrimento do escritor - "Você ousou me ofender, você destrinchou seu veneno contra os meus protegidos, agora você tem que pagar. Por isto que eu te trouxe para ser punido, para que você possa ver a sua insignificância diante de mim."
O jovem esquadrinhava o lugar, tentando buscar algo, alguma ideia que pudesse tirar daquele tormento.
"Mas eu sou benevolente" - continuou o fecho de luz - "eu te dou a escolha, eu te dou o caminho. Você poderá começar de novo, e trilhar um novo rumo, ou ficar fadado ao fracasso."
- Benevolente você me disse! - o jovem se levantou olhando furioso para a luz – Você me dá dois caminho. - o jovem tomou folego – Mas eu escolho um terceiro.
"Um terceiro? Você me diz! - o Wattpad parou - Escolha sabiamente suas próximas palavras escritor."
Eu escolho te destruiiiiiiir! - gritou o jovem correndo em direção a luz.
"Lamentável... Então você falhará como tantos outros."
Na porta do quarto, se escutavam batidas fortes – Vamos! Vamos derrubem a porta. Use o machado – com quatro ataques do machado a porta cedeu, alguns homens do corpo de bombeiros entraram no antro, horrorizados eles contemplaram a cena, tentando proteger seus narizes do odor pútrido, eles viram o corpo em decomposição, sobre a mesa, o computador ainda estava ligado. Na tela está a página pessoal da vítima no Wattpad.  


Guerreiros trago para vocês outra resenha agora da querida Gabriela Vicente

e seu livro Felina.


Resenha Felina
Gabriela Vicente

Mentes engenhosas, dadas a homens perigosos. A autora traz uma trama de poder e dominação ao seu publico.
A Glaza um conselho secular que almeja o poder, se entrelaçado nas mais altas posições da sociedade mundial, eles manipulam a se bel prazer e criando situações para alcançar seu mais sórdidos objetivos.
Por um lado temos Vitor com sua megalomania transformando vidas por meio de suas sádicas experiências, e Sara que tem sua vida totalmente modificada, tirada de sua monótona vida e jogada e algo muito maior.
Link:Wattpad - Felina

sexta-feira, 10 de junho de 2016


Olá guerreiras e guerreiros, de Enora.

Está e uma coluna, que estou inaugurando, sobre escritores que assim com eu usam o Wattpat, como plataforma de auto publicação.

A intenção é trazer novos leitores, para está plataforma e para os livros que com muito esforço são criados.

Com prazer que começo está série de resenha com o livro Elisia.
Resenha Elisia
Autor Henrique Rodriguez

Com personagens cativantes, e uma trama bem segmentada, o autor transita, com grande referência ao nosso presente, em seu futuro ano de 2515.
Os diálogos são bem-humorados, com destaque para Patricia avó do protagonista Fabian ou Fabe, que solta pérolas, após ser acorda das formas mais inusitadas.
O livro traz um mistério que vai crescendo de maneira concisa, junto com o aprofundamento dos personagens, é uma ótima pedida para quem busca um futuro distópico, com grande influência na religião quase inquisidora.


    


quinta-feira, 9 de junho de 2016


Prólogo: Histórias do Passado

No princípio havia a luz, a justiça e a escuridão, então houve uma batalha entre a luz e a escuridão e desta luta nasceu o mundo; tal batalha descomunal destruiu os corpos físicos dos combatentes só sobrando suas essências, a noite e o dia em um conflito eterno. Rhanor, a justiça, em sua tristeza criou a lua, onde fez sua morada eterna, porem antes de sua partida Rhanor derramou sete lágrimas de tristeza, lágrimas essas que se tornaram gemas de grande poder e eram bênçãos para os povos que naquele mundo floresceram.
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O mundo forjado na batalha tem a guerra como sua sina, Avalon, Andalus, Elisa, Daron e Maruz foram os continentes que abrigaram a vida em Enora, o nome dado por Rhanor aquele mundo.
Este mundo foi envolto novamente por sombras e pela guerra, onde a magia e a coragem foram provadas, onde batalhas foram travadas e deixaram feridas profundas que nem o tempo conseguiu apagar. Mundo que foi palco da Guerra dos Deuses, como assim foi conhecida, onde raças mostraram suas forças, unindo povos e obrigando inimigos a lutarem lado a lado pelo mesmo ideal para salvarem o mundo da destruição e da escravidão que o mal trazia. Esta guerra criou guerreiros de coragem descomunal, fazendo soldados virarem lendas... Mas o preço foi alto demais.
A Guerra dos Deuses destruiu mais que o continente de Avalon, a terra onde outrora era lar de milhares de vidas, que hoje coberto pelas águas, serve apenas de cemitério dos combatentes ou dos menos afortunados que não conseguiram escapar daquele horror. As batalhas sangrentas que ali ocorreram ceifaram vidas, afastaram famílias e fizeram reinos e reis sucumbirem. O sangue dos inocentes manchou a terra, o mar se tornou vermelho e o céu perdeu o brilho, tendo a pálida luz da lua como testemunha daquela batalha épica.
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Mil anos se passaram após a Guerra dos Deuses, o mundo se reergueu e agora quatro continentes davam brilho aquela terra, o que ainda era selvagem teve de ser conquistado, reinos ressurgiram como a Fênix, ave que volta à vida das cinzas, e como o fogo que é expelido pela boca de um dragão pequenos se tornaram grandes, pois a cobiça está entranhada nos corações e os tempos de paz duraram pouco. Muralhas foram erguidas para separar raças e ideias, novas batalhas marcaram a terra e ampliaram as divisas, pois a busca pelo poder crescia na mente dos reis, forjando impérios pelo aço.
De Avalon apenas um conjunto de ilhas restou, um arquipélago comparado ao mais desenvolvido dos continentes em seu auge, mas nestas pequenas ilhas há muitos mistérios e relíquias deixadas da Guerra dos Deuses. Alguns poucos conseguiram aportar em suas praias e regressaram e são menos os que falam o assunto, os que se atrevem contam histórias sobre o mal que ainda vive sobre aquelas terras, como uma herança ou praga que domina a mente dos fracos e seus corações. Ali, o mal novamente ressurgiu na forma de um exército maligno, que comandado por Vorlak, o Profano, rendeu-se à ganância e ao poder das trevas.
Seu alvo inicial é o continente de Elisa, que fica ao sul das Ilhas de Avalon, uma terra gelada onde a neve só se acumula nos picos de suas cordilheiras, há poucos lugares que ainda resistem à um exército tão poderoso, formado pelas piores criaturas existentes no mundo; tudo o que é mal se rende a ele aumentando cada vez mais suas fileiras.
A ameaça deste conquistador faz com que reis e imperadores busquem alianças no continente Daron, a leste das Ilhas de Avalon, conhecido como lar dos anões. Os rumores da guerra movimentam os clans anões e os tambores de batalhas soam em seus grandes salões. Já Maruz, que é conhecido como o continente selvagem, pois somente uma pequena parte de suas terras foram colonizadas, está localizado mais ao norte das Ilhas de Avalon, Maruz se mantém alheio aos problemas do resto do mundo...


O Regresso - Parte I

Novo capítulo de Lágrimas de Rhanor, venha se juntar aos leitores que descobriram o mundo de Enora.
Já estamos com 3.200 leituras no wattpad:

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quarta-feira, 8 de junho de 2016